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Digo eu

Digo eu

A mãe que sou

 

 

 

 


Não há nada mais importante do que as minhas filhas. Nada de nada. Nada que me provoque os sentimentos que elas me provocam, nada que me faça andar mais depressa ou mais devagar, consoante a maneira que elas precisam que eu ande. Não há nada de mais precioso, ninguém que tanto me entusiasme ou me deixe triste quando elas assim o estão. 

 

Se alguém lhes tocar num fio de cabelo para lhes fazer mal, é 50 mil vezes pior do que me arrancarem os olhos. Se alguém as elogiar, eu fico com a baba a escorrer-me da boca, pior do que um cão a salivar por um bom naco de carne. Quando vejo que alguém se move por elas, dando-lhes a atenção que eu acho que merecem ou dando provas de amizade sincera,  fico-lhe eternamente grata e esse alguém ganha uma amiga do peito, assim do pé para a mão. 

 

Antes mesmo delas sonharem que precisam de mim, já eu lá estou e mesmo quando acham que não precisam, eu estou lá na mesma, pelo sim pelo não. Não interessa se estão do outro lado do mundo, se estão perto de casa ou em viagem, é nelas em quem penso, a quem dedico o meu tempo, por quem faço das tripas coração. 

 

Torço por elas a toda a hora, para que sejam mulheres felizes e gratas, sensíveis e amáveis, corajosas e prestáveis e que a vida lhes dê em troca tudo o que sonham, tudo pelo que lutam, com a prática que foram adquirindo com toda a dedicação. 
Sou uma mãe orgulhosa das filhas que tem. Duas meninas que se tornaram numas mulheres valentes e cumpridoras, que trabalham e se sustentam e ainda conseguem organizar viagens para destinos de sonho, talvez por terem aprendido que não há nada tão gratificante como conhecer o mundo. Sim, sempre andaram para todo o lado connosco e talvez esse bichinho da curiosidade nunca mais as tenha largado, o que é muito bom.  

 

Se elas estiverem felizes, eu também estou. Se elas estiverem doentes, eu fico com a preocupação de sempre, fazendo tudo o que posso para que elas sintam que estou ali perto, cuidando delas com todo o amor do mundo. Vou sempre dar importância a uma simples dor de cabeça, um pico de febre, uma irritação na garganta, uma erupção cutânea, seja lá o que for. 

 


Para mim serão sempre as minhas meninas, a quem quero proteger, ajudar, cuidar, mimar, beijar... Rir-me com as parvoíces que só nós entendemos, dialogar com palavras que só nós sabemos, ouvir músicas que todas curtimos, ficar delirante com os seus delírios. É essa a mãe que sou.