Nada melhor do que um bebé
Não há nada melhor do que um bebé. Desde o cheiro, aos gemidos, aos pés e às mãos, à boca, à forma como se aninha no nosso colo e à paz que nos envolve quando observamos o seu sono. Ficamos em paz e ao mesmo tempo cheias de nervos, cheias de vontade de os apertar, de lhes morder as bochechas, de os encher de beijos e de os lamber de cima a baixo. De os cobrir de mimos e de canções de embalar, de lhes dar o nosso amor que já não cabe em nenhum lado de tão grande que ficou. E mais fantástico ainda quando é nosso, quando sai da nossa barriga enorme que o carrega durante 9 meses. Ele vai crescendo e o nosso corpo adapta-se e transforma-se para que ali, dentro da nossa barriga ele se possa desenvolver, alimentar-se e receber da nossa parte tudo o que é necessário.
Não há nada tão extraordinário como a maternidade, nenhum avanço tecnológico, nenhuma descoberta, nenhum progresso nem nenhuma outra transformação que lhe chegue aos calcanhares.
Ser mãe é o cumulo do privilégio, o cumulo da regalia e o cumulo da responsabilidade. Só quem é mãe é que sabe o que significa a importância dessa função, o quanto a vida muda depois dessa experiência tão única e notável.
E apesar deste mundo machista que nunca há-de deixar de ser, apesar da mulher continuar a ser considerada como um ser inferior ao homem (gostava de saber em quê), apesar de todas as atrocidades a que ainda é sujeita, apesar de tantas vezes não ser respeitada, apesar de ainda ser escravizada, ser mulher e carregar um bebé na barriga é um dom que nenhum homem lhe pode tirar.