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Digo eu

Digo eu

O amor pode acabar

 

Falou-se em promessas e jurou-se fidelidade em qualquer circunstância, por mais que isso custasse. E afinal nem todos cumprem o que prometeram e arranjam sarna para se coçarem. Não me venham com desculpas de horários, de vidas incompatíveis, de pouca disponibilidade. Não me digam que é muito mais difícil do que pensaram. Não me venham com a conversa de que não sabiam o que os esperava e que o sonho virou pesadelo impossível de aturar. 

Ok, podem acontecer milhões de coisas diferentes. Ninguém disse que era fácil. Uma vida a dois é talvez a maior prova de fogo que o amor tem que passar. É normal e frequente haver dúvidas, ter vontade de sair pela porta para poder pensar. É normal discutir-se, haver dias de perfeita loucura em que se pensa que o casamento não vale de todo a pena, porque só aumenta a probabilidade de haver choques entre duas personalidades. 

Mas esperem lá. E quando se casa depois de já se ter partilhado o mesmo espaço durante anos a fio? O que é que muda quando já se conhecem os dois de cor e salteado? É a rotina? A rotina não muda só por se ter assinado um papel. É por se estar farto dos defeitos, quando os defeitos são os mesmos, ou porque não se arranja maneira de continuar a lidar com eles apesar das qualidades? É porque não há cedências, ou porque um se quer destacar, liderar e sufocar ao ponto do outro rebentar? 

É porque aparece um intruso mais atraente? Sim pode acontecer. E assim se deita tudo a perder, se joga no lixo o parceiro a quem se jurou lealdade, tentando ainda levar um vida dupla.  Que sentido é que isso faz? Se é para largar, então mais vale desaparecer de vez.  É uma pena mas o amor pode acabar.   O que não se pode admitir é que se queira continuar a dominar a vida daquele que se quer largar, através de manobras pouco claras, de argumentos manipuladores ou até de chantagem emocional. 

 

 

 

 

Orgulho versus Simplicidade

 

 

 

Já alguma vez te aconteceu ficares arrependido? A mim milhares de vezes. Mas há uma grande diferença entre aqueles que se arrependem e voltam atrás e os outros, como tu, que acham que têm sempre razão, que são orgulhosos e tão convencidos, que perdem as melhores oportunidades do mundo. Eu cá não me importo nada de dar o braço a torcer e não acho que seja sinal de fraqueza.  A bem dizer, enquanto eu ganho com isso, tu preferes ficar às voltas, com vontade de arrancares os cabelos e desatares aos gritos com quem não tem nada a ver com isso. Não sei se é mania ou se é feitio, essa atitude irascível e obtusa de quem se acha dono do mundo, de invariavelmente culpares os outros do que acontece ou deixa de acontecer, por serem todos uma cambada de estúpidos.   Enquanto te vejo de trombas até ao chão, tu a mim vês-me de sorriso rasgado até à lua por ter sabido pensar o quanto se ganha por pedir desculpa, por dar razão a quem a tem, por ter a noção que vale a pena  agir quando se está arrependido.  Tu rogas pragas e eu vou-me rindo. Só fazes o que te dá na gana mas não ficas mais feliz por isso. Arrancas a mil à hora como se isso fizesse sentido. Onde vais? beber uns copos para esquecer ou porque achas que ficas mais divertido? Deves ser mas é maluco. Os copos não resolvem nada,  enquanto que mudar de atitude resolve quase tudo. 

Gente que não faz falta

 

 

 Sabem aquelas pessoas que aparecem de repente nas nossas vidas e que de um dia para o outro desaparecem do mapa? Elas vão à suas vidas e nós continuamos as nossas, como se nada tivesse acontecido nesse intervalo. Às vezes ponho-me a pensar nisso e acho até engraçado constatar como há pessoas que só se lembram dos outros quando precisam ou quando lhes dá imenso jeito,  andarem sistematicamente à crava da nossa atenção, dos favores que vamos fazendo, do tempo que vamos gastando em troca de uma amizade um tanto ou quanto inválida.  Sem a gente saber bem porquê, passamos de necessários a descartáveis, basicamente por terem passado a cravar outra vítima qualquer.  E assim do nada evaporam-se,  não deixando qualquer vestígio e muito menos o sentimento de falta. Saudades? Saudades a gente só sente de pessoas que marcam a nossa vida de forma positiva. Aquelas que se aproveitam um pouco da nossa boa vontade e que desaparecem, deixam apenas um grande alivio.  Habituamos-nos à presença e às solicitações porque somos meros animais de hábitos. É por isso que a vida de todos os dias se chama rotina, rituais que nos dão uma certa ideia de estabilidade, quando realmente não passam de gestos automáticos que fazemos sem pensar. E vocês sabem como é essa mania dos hábitos e como há hábitos que são estúpidos que nem uma porta. O facto de terem dado à sola é na verdade um peso que nos sai de cima, aquela coisinha que andava sempre colada a nós e que já nem reparávamos como tinha passado de prazer ao verdadeiro incómodo. 

 

Deixa lá

 

 

Por mais independente que te queiras tornar, ainda te acontece ouvir aquela vozinha irritante que vem lá de dentro e que é uma autentica “pain in the ass”, que te impede de fazer exactamente aquilo que te apetece, por medo  ou vergonha ou até por uma questão de preconceito que não queres ter mas que tens, tudo por culpa do meio onde nasceste e onde foste crescendo. Tudo gente bem educada (achas tu) mas que lá no fundo condenam tudo e acham-se no direito de achar, como se a opinião deles fosse a coisa mais importante à face da terra. Não dês ouvidos a nada,  até porque aqueles que realmente interessam, como por exemplo os teus pais, são os primeiros a apoiar-te. 

Por isso não te importes com o que os outros dizem. Deixa-os falar. Sabes o que é? É que eles têm pouco com que se entreter, apesar de estudarem para um dia serem doutores ou engenheiros duma treta qualquer. Se calhar não vão ser tão felizes nem tão realizados como tu, que ao menos fazes aquilo que gostas. 

Olha bem à tua volta e diz-me lá o que vês. Pessoas com as caras enfiadas nos livros sem perceberem exactamente o que estão a fazer, mas fazem-no porque tem que ser. 

Depois passam as férias em grandes sítios, sempre os mesmos, onde as conversas são iguais e as preocupações são as mesmas de há 3 anos atrás. O que interessa é o que vão vestir e preocupam-se demais em estar suficientemente atractivos para serem observados. Fumam imenso e bebem demais, tanto que no dia seguinte está tudo de ressaca. Chegam ao fim do verão, como se tivessem estado internados no hospital ou trancados em casa em frente à televisão ou no computador, com um tom de pele esverdeado, como se nunca tivessem tido a oportunidade de pôr os pés na praia. Na verdade põem pouco. A vida tem tanto de saudável como de inútil para aqueles que se acham o máximo.  

Não te preocupes porque estás no bom caminho. Não dependes de ninguém a não ser de ti mesmo, do teu trabalho e nos tempos livres estás bem acompanhado. São esses que interessam. De resto são águas passadas que não movem moínhos, pouco ou nada atractivos/sedutores.

 

 

 

Fazes figura de parvo

 

 

É absolutamente divinal a transformação que se dá quando alguém está apaixonado. Tem-se vontade de rir por tudo e por nada e o mais pequeno toque dá-nos aquela sensação de andar numa montanha russa (para aqueles que gostam de montanhas russas), de ir até à lua ou se andar sobre as nuvens a flutuar. Na verdade fica-se assim um bocado parvo. Faz-se tudo o que dantes era um frete, como por exemplo ir buscar, ir levar, andar até ao fim do mundo como se fosse aqui tão perto. 

É. A distância encurta-se quando se está apaixonado. Os fretes passam a ser regalias, ou até mesmo um prazer que eu sei lá. Fazem-se figuras ridículas, daquelas que dantes eram impensáveis, como por exemplo andar de mãos dadas, beijar perdidamente a pessoa amada durante horas a fio, deixando quem olha completamente repugnado, não resistindo mandar bocas em alto e bom som,  tipo: Olha-me aqueles, mas que escândalo! Épa é assim: vão fazer marmelada para outro lado que a malta aqui tem nojo e não gramamos “dessa merda”. Mas que badalhocos!  

Pois é, é mesmo assim. Passa-se a ser badalhoco, sem vergonha, escandaloso para todos os que olham de fora. Só até lhes acontecer a eles. Ai o caso muda de figura, entrando assim naquela zona do: espera ai, não te vás já embora. Só mais um beijinho, só mais um amasso, vamos bazar para o carro! E lá vão eles não sei para onde, fazer figuras de parvos. Mas quem diz  que não é bom? Só quem nunca experimentou. 

 

 

 

 

Sobrevivo à ansiedade

 

 

 

 

Sobrevivo à ansiedade

 

 

Eu não sei porque sou assim. Não sei porque é que desde pequena vivo em permanente ansiedade. Mas desde que me conheço como gente que me lembro de ter sido sempre assim, embora não tivesse a consciência (o que é a consciência para uma criança) desse handicap (não encontro outro nome para isto). 

Comia uma azeitona e o raio do caroço tinha que ficar preso na garganta só para me estragular. Levantava-me da mesa a correr, aflita e com falta de ar, quando o caroço já tinha ido parar ao estomago. Punha a minha mão pequena contra o peito para sentir o bater do coração e quando não o sentia, corria pela casa inteira só para ter a certeza que ele voltava a bater e que eu o voltava a sentir. 

Eu não sei que raio de coisa é esta nem quais são as razões. Sempre tive o pânico da morte, da minha e da dos outros. Vivia angustiada com o que poderia acontecer aos meus pais, com o me me iria acontecer a mim se eles morressem de repente, sem dizer que tinham que partir. E se dissessem, pior ainda! Por isso tantas vezes acordava a meio da noite e seguia o caminho que me levava à cama da minha mãe, só para a ouvir respirar. 

Ali ficava eu até o sono pegar, mais tranquila por cheirar e sentir a presença da minha mãe. 

E sempre foi assim. As idas para o colégio eram um sacrifício, desde que se lembraram de me pôr no liceu francês. Eu que andava tão contente no mesmo colégio do meu irmão Gonçalo, tinham que vir abanar o meu sossego e dar cabo da minha confiança. Tenho tão presente a imagem do primeiro dia no liceu, com a minha mãe a tratar da papelada e eu sentada num banco com as lágrimas a correm-me pela cara abaixo, que não me sai da cabeça a pergunta que nunca cheguei a fazer: Porquê essa decisão?  Se foi para me prejudicar? Claro que não. Mas para uma criança de 4 anos é difícil de perceber a vantagem de andar num colégio estrangeiro e aprender a falar francês. 

Isso agravou toda a minha ansiedade. Tinha que me levantar às 6 da manhã, ir para Lisboa e regressar às 8 da noite, hora em que o mau pai regerssava do trabalho para casa. Uns meses depois, tive o meu primeiro break down à séria. Deixei de comer e de dormir. Segundo o médico que me analisou, eu estava com um esgotamento. 

Dormir fora de casa era um tormento. Não ver os meus irmãos ao fim de semana, porque tinham ficado de castigo no colégio interno, deixava-me num estado de nervos inacreditável. 

E sempre foi assim. 

Talvez porque eu não fosse de dizer o que me preocupava. Talvez porque não houvesse tempo para dar atenção aos que não se manifestavam aos gritos mas que choravam às escondidas sem dizer nada a ninguém. Talvez porque não houvesse o costume de se perguntar aos filhos o que queriam ou deixavam de querer. 

E logo eu que fui mimada por todos lá em casa. Então porquê essa ansiedade? Porquê o pânico? Porquê a angustia? 

Talvez porque a atenção fosse virada para um lado em vez de ser focada noutro onde era mais peciso. 

E toda a minha vida tem sido assim. Um simples toque dum telefone fora de horas, deixa-me arrepiada. É por ser pessimista? É por ser preocupada? É o quê afinal? 

Eu não sei o que é concretamente. Talvez algum especialista me venha dizer aquilo que, lá no fundo sempre soube ou talvez haja outras razões que precisavam de ser aprofundadas. O histórico da família, o facto de sermos muitos irmãos, o desiquilibrio afectivo e emocional. 

Mas cá estou eu sã e salva, tentando dar o meu melhor. Às vezes sinto que resulta, outras não. 

 

Mulheres de carrapito e pano do pó na mão

 

 

 

 

Sabem aquelas mulheres que têm arcaboiço para tudo e que sentem orgulho no que fazem, apesar de não receberem elogios pela sua entrega e devoção?

Eu cá ponho um carrapito no alto da cabeça e avanço com os meus apetrechos de limpeza para esfreganhar a casa, mas nunca nada fica tão limpo que resista até depois da entrada dos cães em casa. A verdade é que ninguém repara no que está limpo mas antes no que ficou por limpar. 

Mas há aquelas mulheres que, para além do carrapito, têm uma força de vontade e uma determinação de se ficar boquiaberto. Elas não deixam nenhum canto por desencardir, arrastando máquinas e frigoríficos, armários e sofás, para que não haja nenhum vestígio de falta de asseio do lar. Batem o pó dos tapetes, lavam vidros à torreira do sol e deixam até as calhas das janelas num estado de se ficar incrédulo. Aspiram a casa, lavam o chão, desinfectam WCs e ainda varem varandas e o quintal, deixando tudo impecavelmente despoluído.  A roupa está sempre lavada e o cesto com pilhas bem engomadas, tudo a postos para colocar nos devidos armários, onde não falta a arrumação. 

Mas elas não se ficam por ai. Para além de todo o trabalho que ninguém reconhece, têm ainda tempo de cozinhar umas belas favas com chouriço, um polvo à lagareiro, uma sopa com os melhores legumes, lavar alface e cortar tomate, assar frangos e cortar batatas, contando sempre com mais algum pendura, um amigo ou um vizinho ou até mesmo com um colega de trabalho do marido.  

Por incrível que possa parecer, quando se entra numa dessas cozinhas, não há sequer hipótese de ver um tacho por lavar, um prato fora do lugar ou uma simples pegada no chão. Tudo brilha, tudo cheira a lavado, tudo tem um aspecto invejável e tudo o que se come é apurado e cheio de dedicação. 

Alguém reconhece o valor dessas mulheres? Alguém lhes retribui o esforço que fazem? 

 

Nem filhos, nem marido têm a noção do esforço muito menos da abguenação. Elas próprias entregam-se de tal forma que não chegam a saber o que a vida lhes pode oferecer, para além daquilo que fazem com toda a paixão.

Entre os sonhos e a felicidade

 

 

 

Se me dessem a escolher entre os sonhos e a felicidade, eu ficaria entre a espada e a parede sem saber o que fazer. Não tenho nenhuma resposta que faça assim muito sentido, mas antes uma série de questões que ficam no ar. 

Na vida prática, pergunto-me muitas vezes o que é isso de ser feliz.

É alguém que se conforma e se cala ou é aquele que contesta, que enfrenta e vai à luta? É alguém que observa e que segue o caminho que lhe parece mais sensato, ou aquele que procura a mudança constante e quer experimentar de tudo? 

Será alguém que se adapta às circunstâncias ou  aquele que procura outras soluções? É alguém que se contenta da vida que leva ou o outro que acredita que pode crescer? É o curioso por excelência ou o discreto por comodismo? Será alguém que só faz o que quer ou aquele que faz a vontade aos outros? Depende de quê a felicidade? Da nossa maneira de ser ou da nossa maneira de estar? Será apenas inteiramente da nossa  responsabilidade ou do que os outros nos fazem?  

Talvez não seja nada disso ou talvez seja isso tudo. Talvez seja um pouco disto e daquilo, talvez dependa dos dias, do tempo ou de coisas que nem sabemos o que são. Talvez haja razão ou razão alguma mas julgo não haver nenhuma receita infalível nem duas pessoas iguais. Ninguém pode ser inteiramente feliz ou infeliz durante uma vida inteira, quer tenha a cabeça na lua e passe a vida a sonhar, quer seja objectivo e ande sempre com os pés bem assentes na terra. Ao fim e ao cabo, penso que será mais feliz aquele que nem tem que pensar o que é a felicidade assim como aquele que sonha quando tem vontade. Escolher entre uma coisa e a outra, parece-me absurdo. 

Eu não quero dormir fora de casa

 

 

 

 

 

MAS PORQUE É QUE EU TENHO QUE IR? OUTRA VEZ? OH NÃO!!!

Esta era a pergunta que me fazia, sempre que me obrigavam a dormir fora de casa, sempre que a minha mãe me inscrevia em acampamentos em plena Serra da Estrela no meio do Verão.

Não havia a mínima hipótese de escapar às decisões da minha mãe e então lá ia eu contrariada, de nervos em franja e de corpo hirto, encarnada que nem um tomate e com as lágrimas a saltarem-me aos milhões.

A semana que antecedia os acampamentos (foram vários) custava-me horrores! Só de pensar que ia estar no meio de gente que não conhecia de lado nenhum, que tinha que partilhar a tenda com outras raparigas da mesma idade, umas espevitadas sempre com um à vontade demais para o meu gosto, era impossível dormir descansada. Não tinha outro remédio senão fazer de conta que achava tudo normal e que nada no mundo me sabia tão bem como estar ali enfiada no meio da escuridão.  

Talvez dormir em casa de amigos seja um dos melhores programas para qualquer miúdo normal, longe da vista dos pais, mesmo que isso queira dizer que vão dormir desconfortáveis, dentro dum saco de cama, num divan ou no chão. E se for ao relento, numa varanda ou num jardim melhor ainda, mesmo que fiquem a bater o dente, tendo como contra-partida poder ver as estrelas, conversar até de madrugada e acordar à torreira do sol, com um cão qualquer a lamber-lhes a cara. Mesmo que não tenham ao pequeno almoço aqueles cereais específicos, o leite acabado de sair do frigorífico e as torradas cheias de manteiga que só a mãe é que faz, o facto de saírem da alçada dos pais é motivo de festa e um sorriso de satisfação. 

Eu sempre odiei a simples ideia de dormir num quarto que não fosse o meu, numa cama que não fosse a minha, com uma almofada sem as proporções da minha, fora do meu ambiente e longe dos meus pais. Queria ter a certeza de acordar à minha hora, no meu cantinho e poder sentar-me à mesa para comer pão com manteiga que molhava numa caneca de café de cevada, poder estrelar um ovo sem qualquer cerimónia e não ter que gramar regras de pais que não eram os meus. 

Os acampamentos era fatais!  Todos os preparativos, incluindo fazer a mochila, eram um suplício. Chegava o dia da partida e mais parecia que me estavam a mandar para um campo de concentração. Ai a vergonha, ai a raiva, ai as lágrimas, ai de mim que ficava transtornada! Toda eu corava, toda eu tremia, toda eu me preparava mentalmente para o esforço que para mim representava ter que representar que estar na maior! 

A verdade é que esses acampamentos me ajudaram a vencer a barreira da timidez, dando os primeiros passos no sentido de vencer o medo e a falta de confiança. 

 

Vinha de lá radiante, com novos amigos e um desembaraço de fazer inveja a qualquer um. 

Ainda hoje me custa dormir fora de casa. Mesmo quando vou de férias, a páginas tantas dou por mim a pensar no regresso, com saudades do meu canto.

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