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Digo eu

Digo eu

A praia é nossa!

 

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Meninas digam lá! Nós no guincho somos o quê? Não somos um bando qualquer que passa despercebido, mas antes daquele género bem despachado, sem tiques ou esgares de espécie nenhuma, mas com uma forma de expressão muito própria.  É ou não verdade? “

Para quem passa e não sabe quem somos nem donde viemos, deve achar (e pode achar o que quiser) que somos género tias irritantes de Cascais que se tratam umas às outras por menina e rematam as frases com “sei lá” ou “tá a ver” (como se isso pudesse alguma vez existir dentro do nosso grupo tão espectacular). Eu realmente até sou tia de muita gente e tia avó já agora, mas isso é outra conversa que nem me vou dar ao trabalho de continuar.  

Nós... Diria que somos daquelas mulheres bem resolvidas na vida, sem nada para esconder, sempre prontas para a risota, haja o que houver e que dizem de tudo sem papas na língua, com bastantes detalhes, muito prafrentex.. Falamos pelos cotovelos a propósito de tudo e de nada, sempre à espera que uma de nós lance uma bomba qualquer que nos faça rir à gargalhada. Mas antes disso trocamos mensagens para saber quem vai, a que horas e se alguém vai mais cedo, fica encarregue de marcar lugar. O lugar vai variando consoante a maré, o vento e o calor, se bem que todas fazemos questão que seja amplo e desimpedido de toalhas, chapéus, pranchas e raquetes, o que vai sendo difícil de conseguir. 

Começámos por ser algumas e agora somos muitas. Somos muitas e boas, só para que saibam. Não temos manias estúpidas, mas temos algumas manias, tais comer saladas em tapperwares e indagar o que foi que aconteceu ao homem das bolas que nunca mais aparece. A minha é mais passar a vida na água, independentemente do tamanho das ondas, enquanto as outras mergulham e saem, apavoradas. 

Temos um ritual obrigatório que consiste em abancar no  bar ao fim do dia, beber uns copázios, comer o que houver e quando não há nada que se coma, comem-se amendoins que a “Pinoca” traz de casa. 

Aproveitamos bem aquela praia e até as que não gostavam de qualquer brisa, passaram a gostar de vento (não é para me gabar, mas foram aprendendo algumas coisas comigo sobre como tirar proveito daquele lugar, que para mim é  sagrado). 

Enquanto houver saúde, haverá o nossa presença e uma boa galhofa num dos sítios mais maravilhosos do mundo,  digam lá o que disserem sobre nós e a nossa praia.

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