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Digo eu

Digo eu

Mil razões para chorar

 

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Estar sozinha não é das coisas que me faz mais diferença, devo dizer. Aproveito para arrumar a cabeça, todas as informações que me vão chegando, os pontos de vista que devem mudar de lugar para que eu possa sentir-me no lugar dos outros. A inteligência serve para isso mesmo. Para mudar de ideias sempre que for preciso, ou trocar as prioridades. O que é mais importante num determinado momento passa à frente porque a consciência do coração assim mo diz, sendo que os outros assuntos podem esperar. Enquanto isso faço o que tenho a fazer, ou não. 

Há questões e questões. As afectivas são sempre para mim as que merecem estar na ordem do dia, uma vez que envolvem a parte sentimental. Sentir é como respirar e vem sempre a propósito. É por isso que continuo viva. Se eu não sentisse nada e andasse por aqui só por andar, fazendo tudo automaticamente sem vontade nenhuma (o que também acontece),  não poderia dar importância ao que tem mais valor nesta vida - As ligações de afectividade

Tenho muito mais presente os laços de ternura do que o lado racional. As pessoas muito racionais são geralmente chatas, coerentes, sensatas, politicamente correctas e moralistas,  agindo sempre de acordo com uma razão qualquer que por qualquer razão faz imenso sentido.  

Ao mesmo tempo ouvir o coração  é para mim uma das decisões mais racionais que podem existir e é por ele que me guio. Por isso, quando me virem com o ar mais calmo do mundo numa situação delicada, não se enganem a meu respeito achando que sou uma rocha impenetrável, onde tudo o que bate não dói. Uma mulher que não chora tem mil razões para chorar.