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Digo eu

Digo eu

The 3 of us

 

 

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Por momentos consegui escapar à minha realidade. É bom sair daqui, mais ainda quando se sabe que se vai ao encontro de alguma coisa bem melhor. Mesmo sabendo que o tempo não perdoa e nos prega a partida do costume, ou seja, passa depressa demais. Acha-se assim por ventura que 5 dias é o tempo ideal para estar, observar, apreciar, pôr a conversa em dia e matar saudades, sem prejudicar demasiadamente os rituais de ninguém ou, até mesmo, conseguir aliviar alguma da carga.

Num abrir e fechar de olhos, lá passaram os 5 dias a galope e quando a noite chegava, eu sabia que no dia seguinte era menos um dia que tinha para gastar. Tentei aproveitar cada segundo dum prazo que se ia esgotando sem que eu o pudesse alongar. 

Estive. Estivemos. Estivemos e andámos de um lado para o outro numa tentativa de não contar os minutos,  procurando desfrutar ao máximo da presença pessoal de cada uma, da originalidade de cada uma, empenhando-nos para deixar os atritos de lado. 

Tínhamos todas a mesma necessidade: suavizar a distância que nos separa no dia a dia, estando em pleno contacto físico e emocional.  

As saudades são encaradas de maneiras diferentes, sentidas à maneira de cada uma, ultrapassadas ao jeito que cada uma sabe. Há defesas contra as saudades que dependem da forma de preencher o vazio que nos bate à porta. Para mim nem sempre é fácil. Para elas que levam uma vida assoberbada, é seguramente uma sensação mais espaçada, mais suportável.  

O que mais me conforta, é ter visto com os meus próprios olhos que aquelas minhas miúdas estão mesmo bem. Realizadas, competentes e felizes. Nesse aspecto estou orgulhosa e de papo cheio. Vim de lá convicta que, por enquanto, é lá que devem estar. Quanto ao futuro, sabe-se lá.