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Digo eu

Digo eu

Uma mulher depois dos 50

 

 

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Uma das questões que nós mulheres depois dos 50 nos colocamos tantas vezes, é a de saber qual é o nosso papel agora. Agora que já não há crianças pequenas em casa, qual é a nossa função, dentro e fora de casa.  Não sei qual é o nosso lugar, depois de tantos anos a ser mãe a tempo inteiro, porque optámos largar o trabalho e passámos a ter várias missões acumuladas.

Deparamo-nos com a casa vazia, onde as paredes fazem eco e o silêncio é um martírio, quando em tempos era o que mais desejávamos. A pausa foi longa demais e em simultâneo passou num ápice, esse tempo de missões acumuladas. E agora? Somos o quê agora?  Mulheres de meia idade, ainda novas portanto, com sonhos e desejos que deixámos para trás. Dizer que somos frustradas talvez não seja o mais apropriado. Dizer que somos mulheres totalmente realizadas também não me parece verdade.

Há muitas que partem, e muito bem, para um voluntariado. É uma boa solução para ocupar o tempo e a cabeça, além de fazer bem ao espírito e aos que são ajudados. Para quem pode. Diria que é quase um luxo poder fazer voluntariado, sem precisar de trazer uns trocos para casa.  

Só que a vida dá muitas voltas e ninguém sabe o que nos reserva o dia de amanhã.  Planos para o futuro tinham os nossos pais, porque tinham uma vida certa e com certas garantias. Quais são as garantias que temos agora? Quem nos vai dar um trabalho com tanta gente por ai muito mais qualificada?

Como é vista uma mulher depois dos 50, desempregada? Como é encarada pela família, pelos amigos ou pela sociedade? Será uma parasita, uma dondoca ou alguém que pura e simplesmente é posta à margem?  Há muita coisa que poderiam fazer, se lhes fosse dada uma chance de mostrar quanto valem. 

O problema é que depois dos 50, as mulheres só encontram portas fechadas.

O que sentem por nós

 

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Não sei se já reparaste que somos pessoas especiais. Todos o somos por diversas razões, embora, no nosso ponto de vista, antagónicas.  Mesmo para aqueles que embirram com a nossa simples presença ou que até ficam enjoados quando ouvem falar de nós. Mesmo para os que nos odeiam, sem haver uma razão concreta e plausível, daquelas que qualquer um poderia entender, incluindo nós.

Mas não. A nós não nos entra na cabeça esse género de sentimento que outros têm, quando pensam e falam de nós.  Se ponderarmos bem, até o ódio, que lá no fundo (para quem fala a nossa linguagem) é pura embirração ou dor de cotovelo, nos torna especiais.

Especiais no sentido de sermos alvo de emoções, ainda que subversivas.

Não deixa de ser verdade o que comecei por dizer. Somos pessoas especiais, na medida em que despertamos interesse, seja ele de que ordem for, tanto aos que nos querem bem como aos outros. 

Os outros que não sabem nem querem saber de nós, nem das nossas vidas, dos nossos interesses ou objectivos, muitos menos dos nossos êxitos, das nossas feridas ou aflições. Aliás, o nosso êxito é muitas vezes  motivo de desconfiança, enquanto que as nossas feridas lhes dão um gozo diferente do nosso. 

Talvez este tema não mereça ser discutido. Talvez nem valha a pena perdermos tempo, cogitando sobre o que suscitamos aos que não gostam de nós. São razões que desconhecemos. São sensações incómodas que nunca experimentámos, graças à integridade que nos bate no peito. 

Somos todos insólitos! Nós que somos especiais e os outros que também o são, por razões tão opostas. 

 

Amizades

 

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Não me fales mais em desgraças! Fala-me antes sobre ti, para que eu me entusiasme e fale mais sobre mim. Não basta o que já sabemos um sobre o outro, porque pode ser um engano. Quantas vezes nos enganamos ao pensar que já está tudo dito, deixando por revelar o que nos vai acontecendo e o quanto já mudámos desde o dia em que nos conhecemos. Já foi há algum tempo, lembras-te? 

Desde lá fomos crescendo e a nossa vida foi-se alterando com as escolhas que fizemos. Não há culpas nem nunca houve. Essa mania que alguns têm de falar sobre culpas, serve apenas para se fazerem de vítimas e não para reconhecer erros que cometeram.

Houve desencontros, amuos e autênticos distúrbios mentais causados por afirmação de personalidade, o que faz parte.  As opções e o discernimento continuam em aberto pela vida fora, dando-nos a possibilidade de nos cruzarmos e convivermos quantas vezes quisermos. 

É preciso tempo. Tempo e paciência. Dar e receber dependem dessa disposição para falarmos sobre nós. Sobre o que fomos construindo, sobre o que fomos alcançando e não só. Temos que ir alimentando as raízes que plantámos, com a nossa generosidade e a nossa dedicação,  deixando ver o progresso que, quanto a mim, não tem limites. 

Só faz sentido o silêncio se for para contemplar tudo o que há de belo, nessa cumplicidade que um dia projectámos, pedindo que fosse eterna. 

Não te quero para preencheres o meu vazio e espero que não seja essa a tua razão para me procurares. A amizade é um encontro de desejos comuns que merece ser alimentado. 

o que há em mim

 

 

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O que há de permanente em mim é ser eu mesma. Eu mesma cheia de entusiasmo quase mágico, que de repente cai na mais profunda tristeza quase esquizofrénica. E não sei de que depende o meu estado de espírito, que enfrenta o que vai acontecendo, mudando não por culpa das circunstancias, mas sim da força que me acompanha ou me abandona quando eu mais preciso. É estranho ser gente. São estranhas as coisas que acontecem. E é estranha essa mudança entre a força e o quase desespero, que em mim se dá quando eu menos espero. Não sei se sofro mais do que é preciso, ou se me encanto com o imprevisto da sorte que me bate à porta. Em ambos os casos, enfrento sempre as situações, mesmo as de calibre pesado, pedindo que venha de lá um milagre, mesmo que o milagre seja apenas o de aceitar e entender que a vida é apenas passageira. Tenho então que aproveitar a acolher-me a mim mesma. Sem reticências.

Imagens

 

 

 

 

 

 

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Eu não tenho esse dom de captar a beleza através de fotografias. Não sei enquadrar o que vejo para tirar o melhor proveito da luz que incide no sitio certo, à hora certa, premindo o botão naquele momento preciso, em que o resultado espantoso fica depois à vista. E que belas imagens essas que se apanham com tanta arte, através de um (nada simples) click.

Eu cá ou uma naba nesse aspecto e em tantos outros, como por exemplo, perceber onde encaixam os parafusos duma estante que é preciso montar, para que fique bonita e funcional. E se vier com instruções, pior ainda! Dou por mim a olhar como boi para palácio sem perceber patavina, para uma série de palavras que não me fazem qualquer sentido. É como se estivesse a ler um livro em chinês ou qualquer outra língua estranhíssima. 

Desisto ou nem tento. Prefiro ignorar essa arte e dar a vez a quem entenda disso, sem sequer pestanejar. E há quem me chame de incompetente só por causa disso. Vejam bem! Como se a inteligência ou sensibilidade tivesse que estar obrigatoriamente canalizada para tudo o que existe. Para mim é cada macaco no seu galho, sem complexos de espécie alguma. Não temos que ser todos iguais, possuir os mesmos dons, gostar das mesmas coisas, nem ter as mesmas opiniões. Isso é falta de personalidade ou até mesmo um profundo desequilíbrio. Dou-me conta das minhas incapacidades, da minha falta de jeito ou até repúdio por tudo aquilo que nada tem a ver comigo.

Tenho pena de não saber captar imagens majestosas para que outros as possam apreciar, mas retenho-as cá dentro sem as ignorar. A beleza das coisas é-me fundamental assim como a beleza interior das pessoas, tantas vezes subestimada pelo reflexo exterior. 

País de contrastes

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Já todos sabemos que somos um país de contrastes. Sim, temos um país lindo e que ainda por cima está super na moda e numa maré de sorte, depois de anos a fio a ser ignorado e até achincalhado. “Portugal? A sim tenho uma vaga ideia. É uma província espanhola, certo?” Ou pior... “É uma terra qualquer perdida no meio das Américas”.
Éramos vagamente conhecidos por causa do Eusébio, depois do Figo e finalmente do Ronaldo, o nosso menino de ouro do futebol. E claro está, também por causa do Fado e da nossa deusa Amália que agora descansa em paz, justamente ou não, no Panteão Nacional ao lado da Pantera Negra, aquele herói nacional, que apesar de herói, nunca trouxe para o país uma taça.
Inesperadamente e contra todas as expectativas, lá ganhámos o Europeu e tonámo-nos tão famosos quanto motivo de invejas mesquinhas de vários países e reporters.
Tivemos a visita de vários Papas ao Santuário de Fátima, mas nenhuma com tanto valor quanto a última, que nos trouxe o Papa Francisco (o homem santo que todos respeitam e adoram) para as comemorações do centenário das aparições da Virgem aos 3 pastorinhos e da canonização dos 2 mais novos.
E como não há 2 sem 3, ganhámos, também pela primeira vez, o festival eurovisão da canção, com uma música calminha cantada pela voz maravilhosa dum rapaz chamado Salvador, que se tornou igualmente num herói nacional, apesar das críticas e piadolas.
Isto tudo meus amigos são vitórias atrás de vitórias que nos deixam orgulhosos e eufóricos, diga-se de passagem com alguma razão.
E o facto de estarmos da moda e numa maré de sorte, deixa que o país seja invadido de turistas que se apaixonam por Portugal. Há muitos até que vêm para ficar. Será o caso de Madona? Não é a primeira figura relevante do nome da música/cinema que se deixa encantar ao ponto de aqui querer permanecer.
Então mas onde estão os contrastes? A pobreza envergonhada ou descarada é um enorme contraste. Os despedimentos em massa sem justa causa, são outros dos contrastes. O descaramento dos políticos, os roubos à descarada e os negócios clandestinos são mais alguns.
Mas o nosso clima é maravilhoso, as nossas praias paradisíacas, as paisagens de cortar a respiração. O povo é acolhedor e fala todas as línguas, mesmo sem ter aprendido na escola. A gastronomia passou a ser "gourmet" e há restaurantes em palácios e armazéns transformados em espaços do mais "in" que pode haver.
Por isso a gente vai esquecendo o que está mal ou então não queremos ver. O que conta é o momento e a euforia das vitórias e depois logo se vê.
Com isto, espero que continuemos a ganhar e a somar pontos, mas que aprendamos também a fazer frente aos contrastes com o mesmo empenho e a mesma fé.

 

 

 

Vou até onde o coração me levar

 

 

 

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Queria ir até onde o coração o levasse. Todos os dias  reparava que esse amor que sentia não lhe impunha limites e estava disposto a continuar. De repente, houve um dia em que começou a pensar se a diferença de idades não seria um entrave, nessa luta que enfrentava todos os dias entre o trabalho, a casa e a maior vitória de todos os tempos. A de ter conquistado o bem mais precioso da sua vida -  havia alguém por quem estava perdidamente apaixonado. 

Todos os dias cuidava do seu bem mais valioso, da melhor maneira que sabia, correndo o risco de não acertar. Temia a chegada de um dia ter  “amar pelos dois”, o que não lhe parecia sensato. Não era que não conseguisse, mas achava que seria uma solução egoísta demais.  Precisava de se certificar que o seu amor não era uma prisão ou um sentimento que vinha apenas do seu lado. Não suportava sequer, de forma alguma, imaginar que outros factores medíocres fossem a razão de ela ficar. Rachar as despesas: apenas um detalhe no meio de tantos outros que tinham acordado entre si. Cuidar da limpeza da casa, outro detalhe, abastecer o frigorífico, outro mais. 

Todos estes detalhes eram agora tão insignificantes comparados com o que sentia pelo seu bem mais valioso, a menina por quem tinha decidido entregar o seu coração , esperando que ele nunca parasse. Voltou a pensar na diferença de idades. Ele mais maduro, tinha-lhe ensinado tanta coisa sobre a vida. Ela uma menina, precisava desse amor e algo mais. Temia ter que “amar pelos dois” e suplicava que esse dia nunca chegasse. Seria um suplício vê-la voar e não poder voar ao seu lado, torcendo para que esse amor fosse mais forte que qualquer diferença, qualquer entrave.

Carta a um amigo (do coração)

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Na véspera tinha discutido com o seu amigo de toda a vida, tendo seguido para casa desnorteada e sozinha. A noite tinha-se prolongado mais do que o habitual, deixando-a especada e pensativa, enquanto olhava para o tecto do quarto, sentindo o ritmo cardíaco que lhe martelava o espírito. Ele tinha sido malcriado e estupidamente agressivo, por causa dum assunto mesquinho, uma coisa que ela não lhe admitia. 

Mal viu a luz dos primeiros raios de sol, saltou da cama aliviada e precipitou-se para a cozinha com aroma a terra molhada que vinha da chuva da véspera. Engoliu a muito custo um naco de pão com manteiga, enquanto beberricava o seu café. Tomou o seu duche e sentou-se finalmente na relva do jardim de sua casa com o seu caderno mais íntimo, aquele onde escrevia sempre com o coração. Preparou-se mentalmente para lhe dar um sermão, escolhendo bem as palavras para ser honesta e não destrutiva. 

 

"Já devias ter percebido, tu que tão bem me conheces, que as minhas  manifestações públicas ou intervenções prendem-se sobretudo com sentimentos. Não há nada melhor do que poder sentir e sentir o que os outros também sentem. A conversa de ontem, ou melhor o teu monólogo ameaçador, deixou-me apreensiva. 

Não tenho esse dom que outros têm, como tu por exemplo, o de saber expor ideias ou conceitos, defendendo-os com unhas e dentes através da fala. Geralmente não tenho, nem gosto muito de falar em público, sendo que profiro as minhas opiniões a um grupo restrito de pessoas mais íntimas, no qual te incluo, embora tantas vezes não faças caso e até te rias. 

Claro que também levanto a voz, claro que também discuto para defender o meu ponto de vista, mas cada vez menos o faço. E porquê? Porque não adianta nada discutir. Não adianta nada defender ideias ou impor seja o que for através de gritarias desenfreadas e muros em cima da mesa, que apenas me fazem ficar surda e recuar. Quem assim se manifesta, o mais provável é perder a razão. O erro e a ignorância gritam, enquanto que a razão fala baixo ou até pode prevalecer se se mantiver em silêncio. Queres apostar?

Quanto aos sentimentos, cada um com o seu tom de voz e a sua expressão, nem tu nem eu os conseguimos controlar. Somos os dois criaturas constantes a sentir e com uma enorme intensidade. É esse o caminho que tomo, é esse o caminho que me faz andar. Sentir intensamente é o que de mais precioso tenho dentro de mim. É por isso que escrevo em vez de falar. Porque a falar me perco e até me ausento. A falar, tropeço em palavras que não quero dizer.

Já tu, nunca calas o que sentes e às vezes assusta-me a maneira de te expressares. Apesar de tudo, tanto tu como eu sabemos que a nossa amizade é tão sincera, que não posso deixar de te dizer que fiquei profundamente sentida. Penso se o problema não estará no facto de poderes contar sempre comigo, apesar desse teu comportamento cada vez mais irascível. Convinha que deixasses de pensar que a razão está sempre do teu lado.

Vem lá ter comigo. Um beijo nesse teu coração mole, que até parece ter-se tornado empedernido!

 Só mais uma coisa: quando vieres falar comigo, pensa na minha maneira de ser. Fala baixo e devagar para que eu não perca a minha vontade de conversar, como sempre o fizemos".

Nossa Senhora de Fátima

 

 

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Eu não sou indiferente às aparições de Nossa Senhora em Fátima. Acredito Nela sem nunca a ter visto e sinto-a como uma mãe universal mas também como minha mãe espiritual. Acredito nos 3 pastorinhos, nas histórias que contaram sobre o que viram, na grande luz que não os fez recuar perante o que lhes foi pedido. Ninguém sabe porque foram escolhidas as 3 crianças humildes, hoje mundialmente conhecidas. Porque lhes foi atribuída tão grande responsabilidade. Talvez por serem crianças simples de coração puro.

Já lá vão 100 anos. 100 anos de história e de segredos revelados que se tornaram numa verdade inegável. Não importa os cépticos, os que precisam de ver para acreditar. A história não mente. Os factos não mentem. Os segredos guardados tanto tempo pelos pastorinhos, aconteceram e mudaram o que ninguém esperava. 

Nossa Senhora apareceu há 100 anos em Fátima por várias vezes, aos 3 pastorinhos humildes e ignorantes de coração puro.  E eu acredito nos milagres, na Senhora que brilhava em cima duma árvore, na força das suas palavras e nos 3 pastorinhos de coração puro que nunca a renegaram. 

A energia que existe no santuário de Fátima é inexplicável. Mas hoje não estou lá no meio da multidão para as comemorações do centenário das aparições, nem para a canonização de Francisco e Jacinta. Não estou lá para ver o Papa Francisco, aquele homem extraordinário que revolucionou a igreja e aproximou as pessoas, mesmo as que não acreditam em nada. Estou aqui para poder sentir o seu significado, esperando que a minha fé se intensifique e faça o seu trabalho. Que eu nunca perca a esperança de me tornar um pouco melhor a cada passo. 

 

Cativar a catraia

 

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Ele era um rapaz tímido (até), ela uma catraia risonha com um belo sentido de humor.

Encontraram-se pela primeira vez na praia, no baile da espuma que as ondas faziam e onde ela dançava. Achava o rapaz que seria impossível conquista-la,  aquela catraia, menina sereia de canto sedutor.  Abrir uma concha para atrair o seu esplendor e depois fecha-la para manter no bolso o seu amor, seria um crime e um erro avassalador. Não havia nenhum livro de instruções que ensinasse a cativar a catraia, menina sereia de canto sedutor.

Era preciso inteligência e perspicácia e ser igualmente dotado de um bom sentido de humor.

Olha-la com olhos de ver para descubrir a melhor forma de aproximação.

Sentir dentro de si que não podia ser igual aos outros, mas comportar-se de forma simples e encantadora, sem qualquer pose de desconsideração.

Não se armar aos cucos,

não cantar de galo,

não se enervar nem querer mandar na catraia.

Não a reprimir nem acabar com o seu sentido de humor.

Depois de a olhar com olhos de ver, tinha que a cativar, mantendo-a livre ao seu sabor. Rir e cantar com ela era mais que fundamental. Eram esses alguns dos segredos. Empenhar-se para serem felizes ao lado um do outro era a grande chance de a conquistar, sem dizimar a sua alegria e arruinar o seu calor. 

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