Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Digo eu

Digo eu

A partida dum primo

 

 

 

 

Não há nada de bonito na morte, mesmo quando ela vem por um ponto final no sofrimento moral e físico. E no entanto não há como fugir desse caminho, sentindo os que cá ficam que é uma tragédia esse desfecho decisivo. Até os homens de grande fé que acreditam na transição da alma para um local de paz eterna, choram a morte do ente querido. A figura física que deixamos de poder tocar porque apenas se transforma, causa-nos uma dor e um transtorno preciso. Dizem os entendidos que o tempo tudo repara. Mas o tempo apenas transforma a dor em saudade, uma saudade que dura até ao dia em que somos nós que partimos. Vamos vivendo assim, um dia atrás do outro nessa viagem que nos conduz a todos ao mesmo sítio. Acredito que um dia estaremos todos juntos, sem dor moral ou física para gozarmos da plenitude eterna, tendo todos seguido rumos diferents que culminam no mesmo caminho.