Excepções
No geral... lá está uma expressão que nos sai da boca a toda a hora e a propósito de quase tudo. Pois. Há sempre uma excepção à regra, uma que sai fora do baralho e se destaca pela positiva ou não.
Eu gosto de excepções. Fazem pensar. Pensar que nem tudo tem que ser conforme manda a lei, consoante o que está na moda ou o que é politicamente correcto. E não quero com isto dizer que sou apologista da má educação, da negligência ou da balbúrdia. Não sou a favor da carneirada, dos pontos mesmo em cima dos “is”, ou de afirmar que, haja o que houver, tem tudo que andar na linha ou temos o caldo entornado.
E na vida dá muito jeito aceitar as excepções, tão ou mais certas que as regras a que estamos habituados. Ficamos talvez mais preparados para o que der e vier, para o inesperado, para as surpresas da vida e na vida de cada um. Para o que nos acontece, o que acontece com os outros (fundamentalmente os que nos são mais ligados) e para o que se passa à nossa volta.
As excepções abrem-nos horizontes e deixam-nos menos complexados, menos críticos, mais atentos e mais receptivos. Passamos a compreender que cada um é livre de fazer as escolhas que mais se lhe adaptam, que mais os torna felizes. Só assim seremos capazes de aceitar e amar os que amamos incondicionalmente, fazendo com que se sintam mais realizados no caminho que percorrem e com quem desejam que os percorra com eles.