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Digo eu

Digo eu

Preciso de férias!

 

 

 

Eu cá adoro praia, areia e sol. Até gramo o vento, vejam só! É por essas e por outras que deixei de ser aquela pessoa a quem se pergunta se está bom na praia, sabendo as minhas amigas de antemão que, para mim, com vento é que é bom. Lá estou eu sempre num virote a caminho da água que, mesmo gelada está óptima e das ondas que, quanto maiores melhor.  Bastam-me 5 minutos de sol para ter voltar para o mar que acalma, de certa forma, este nervoso miudinho que vive dentro de mim em ebulição. 

 

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(reparem na posição das mãos - no mínimo ridícula) 

Mas como sempre, dado a esta minha permanente inquietude, preciso de variantes, de coisas que aconteçam extra rotina, senão viro tipo “gaja insuportável” a quem apetece mesmo enfiar um estalo ou, em alternativa, inserir um calmante pela boca abaixo, daqueles que deixa a malta contente sem saber bem porquê. 

Hoje de manhã, para não variar, lá andei eu a limpar o pó e a aspirar, passar com a esfregona embebida em água bem quente e sonasol no chão, para ver a casa minimamente decente, satisfazendo assim esta minha paranóia das limpezas. Mas atenção: eu odeio esse trabalho ingrato e não remunerado, a quem ninguém liga bóia. Suspirei ai umas 300 vezes, revirei os olhos e só me apetecia atirar-me para o meio do chão a ganir que nem uma cadela histérica, daquelas que, coitadas, precisam de alguma atenção. Às vezes é assim que me sinto. Uma cadela abandonada, velha e desolada que tem vontade de uivar a noite inteira como quem canta um fado triste, que nem as estrelas gostam de ouvir. 

Adiante... Não pensem que sou neurótica ou hiper-activa.  Nada disso! Mas também não sou do género de andar feita louca e desesperada a ligar a toda a gente só para ter um programa qualquer, que porventura até pode nem ser do meu género. 

Nestas minhas andanças escada acima, escada abaixo de aspirador em punho, pano do pó e spray multi-usos debaixo do braço, passam-me milhões de coisas pela cabeça, algumas de grande importância,  outras tão típicas minhas como por exemplo imaginar  a casa transformada de maneira a poder acolher as minhas filhas já casadas, com as respectivas famílias. Ou então, fazer dela um lugar onde pudesse instalar os meus irmãos que vivem sozinhos, resolvendo assim algum sentimento de tristeza, de abandono ou da tão famosa questão de solidão.

Conclusão: não querendo ferir susceptibilidades nem tão pouco enraivecer os que trabalham, acho que estou a precisar urgentemente dumas férias. Mas como não trabalho, o melhor é ficar quieta antes que alguém me dê um pão.